Entre bem-estar e produtividade, psicodélicos entram no radar do mundo corporativo
Psicodélicos começam a ganhar espaço entre executivos como ferramenta de bem-estar e produtividade, levantando debates sobre saúde mental, ciência, ética e desigualdade de acesso no mundo corporativo
Publicada em 29/12/2025

Psicodélicos ganham espaço em estratégias de bem-estar entre executivos | CanvaPro
Em meio à pressão por resultados, produtividade e inovação, uma tendência ainda controversa começa a ganhar espaço em ambientes corporativos de alto escalão: o uso de psicodélicos por executivos como ferramenta de bem-estar, autoconhecimento e performance.
Segundo o site Cañamo, substâncias como psilocibina e ketamina vêm sendo associadas a programas, retiros e experiências voltadas ao desenvolvimento de liderança e à saúde mental.
A proposta se apoia na ideia de que experiências psicodélicas, quando estruturadas e acompanhadas, podem ajudar a reduzir estresse, estimular a criatividade e ampliar a capacidade de tomada de decisões, habilidades cada vez mais valorizadas em cargos de liderança.
Em um contexto marcado por altos índices de burnout, o discurso do bem-estar passa a caminhar lado a lado com a busca por produtividade.
No entanto, o avanço desse mercado escancara contradições. Enquanto executivos têm acesso a experiências sofisticadas, muitas vezes em países onde há maior flexibilidade legal, o uso dessas substâncias segue criminalizado na maior parte do mundo. A prática, portanto, levanta debates sobre privilégio, desigualdade de acesso e seletividade na aplicação das leis.
Do ponto de vista científico, especialistas alertam para a necessidade de cautela. Apesar do crescimento do interesse acadêmico pelos psicodélicos, especialmente na área da saúde mental, ainda são limitadas as evidências conclusivas sobre seus efeitos diretos na produtividade e no desempenho profissional.
Com informações de Cañamo.Net.



