A audiência pública para debater o uso medicinal da maconha, que acontece nesta terça-feira (9) recebeu Leandro Ramires da Ama-me, Associação Brasileira de Pacientes de Cannabis Medicinal, e já deixou claro que não há conflito de interesse na sua postura pois quer discutir qualidade de vida e não drogas.

Ramires exemplificou a vantagem do uso da cannabis medicinal com a história de seu filho, Benício. Além disso, contou que há também uma vantagem econômica para o SUS pois diminui o número de internações e, consequentemente, dos gastos com saúde. “Sou cirurgião de câncer e prescritor com muito orgulho”, refere-se ao fato que prescreve a cannabis como remédio.

Depois, o médico fez uma exposição de literaturas favoráveis ao acesso da maconha e de como é preciso considerar o uso consciente dos jovens sobre a droga. Além disso, Ramires afirmou que “o mercado é promissor no mundo inteiro, traz economia, dinheiro e imposto”, ou seja, os preços das importações dos óleos são elevados e com isso os pacientes precisam encontrar maneiras alternativas de conseguir o remédio.

“Infelizmente, os traficantes respeitam mais os pacientes do que as autoridades”, finalizou o doutor que fez um comparativo com os preços encontrados em bocas de fumo, assim que é dito que usariam a maconha para tratar uma criança em convulsão.