OnixCann oferece combo de cursos sobre Cannabis medicinal em parceria com a Inspirali

O combo “Medicina Canabinoide” conta com dois cursos integrados sobre a planta: “Introdução à Medicina Canabinoide" e "Aplicações Clínicas”, apresentando a perspectiva de especialistas em relação à indicação e condução terapêutica da Cannabis

Publicada em 15/12/2020

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CAROLINE VAZ (texto) e CHARLES VILELA (entrevista e edição)

A Inspirali e a OnixCann lançaram o combo "Medicina Canabinoide”, que conta com dois cursos integrados sobre a planta. O conteúdo engloba o curso de "Introdução à Medicina Canabinoide" e de "Aplicações Clínicas", trazendo a perspectiva de especialistas em relação à indicação e condução terapêutica da Cannabis. O tempo estimado de duração do curso é de dez semanas, com 60 horas, na modalidade digital e com fornecimento de certificado.

Cada curso tem uma carga horária de 30 horas, podendo ser adquiridos individualmente, caso o aluno opte por realizar apenas uma das formações. O primeiro módulo fornece instruções teóricas sobre o assunto, com temas como: aspectos da história da cannabis, aspectos legais, panoramas brasileiro e mundial, farmacodinâmica e farmacocinética da planta, riscos e potenciais malefícios, entre outros. Já o segundo módulo, desenvolvido com foco na prática clínica, disponibiliza instrução com médicos com longa experiência na prescrição de medicamentos à base de cannabis, que discutem o potencial terapêutico da planta nas principais patologias em que seu uso é recomendado.

Segundo o coordenador do curso, o médico hematologista Cristiano Fernandes, o conteúdo das aulas foi concebido para ser assistido também de forma individual pelo fato de alguns médicos já possuírem conhecimento teórico prévio sobre o assunto, mas não terem a experiência prática. “Alguns médicos são prescritores, já conhecem a parte básica, mas possuem uma demanda retraída de como usar isso na prática, de como prescrever esses medicamentos”, revelou Fernandes em entrevista ao Sechat. “Obviamente que, para alguém que nunca atuou nesse mundo da Cannabis medicinal, o ideal é realizar os dois cursos, porque, dessa forma, terá acesso a todo o arcabouço técnico da planta em si e terá, também, o conhecimento clínico.”

A estrutura dos cursos conta com um conteúdo expositivo, slides, bibliografias recomendadas, provas, entrevistas com os professores e exposição de casos clínicos, que, segundo Fernandes, é essencial para que o aluno fixe melhor como usar na prática todo o aprendizado adquirido. “É um curso que aborda tudo com bastante firmeza. Para o profissional médico que não conhece a Cannabis medicinal, dá para sair, com certeza, com tranquilidade para começar a prescrever”, comenta o médico.

Sobre o perfil de aluno do curso, ele explica que, mesmo as matrículas estando abertas também a alunos de graduação da área médica, este público pode encontrar mais dificuldades, já que a formação demanda certa experiência médica. Profissionais de outras áreas também podem realizar o curso, mas, segundo o coordenador, será importante compreender o objetivo de aplicação do conhecimento que será adquirido. “Mas, para conhecimento geral, ele funciona muito bem. Os módulos de panorama mundial são ministrados por professores que têm conhecimento do mercado mundial de cannabis, é apresentado um contexto bastante fidedigno da realidade. Se o interesse é conhecer a Cannabis medicinal, é um curso que agrega bastante conhecimento, tem uma boa literatura, história da cannabis, de modo geral, ele funciona para esse público também”, disse.

Em relação a importância da Cannabis medicinal para a saúde coletiva, ele avalia que a principal contribuição da planta está no fato de oferecer ao paciente uma melhor qualidade de vida, independentemente da doença. “A cannabis vem com a ideia de tratar o paciente como ser humano. É, de certo modo, uma lição de humildade a nós médicos de que nem sempre é possível curar, mas podemos transformar a vida que aquele paciente leva para melhor.”

Sobre a incorporação de medicamentos à base de cannabis no Sistema Único de Saúde (SUS), Fernandes afirma que, antes disso - por mais importante e benéfico que seja -, há outros pontos que devem ser discutidos. “Primeiro é necessário legislar de forma correta, tem que ser algo legal, constitucional, entender a cannabis como uma terapêutica. O segundo passo é a Anvisa classificar a cannabis dentro da mesma ótica que classifica os outros medicamentos, para que assim possa cuidar da qualidade do produto, já que não é qualquer cannabis feita de qualquer jeito que é boa, ela precisa ser feita da forma adequada”, enfatiza.

Conteúdo programático

Veja os temas que serão abordados ao longo do curso: