Interação entre Brasil e Nova Zelândia é destaque na Cannabis Business Asia-Pacific 2024

O cultivo e iniciativas empreendedoras foram um dos temas mais presentes no evento

Publicada em 13/03/2024

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Fernando Worner durante palestra na 'Cannabis Business Asia-Pacific 2024' | Foto: arquivo pessoal

Na última semana, a cidade de Bangkok, na Tailândia, foi palco da 'Cannabis Business Asia-Pacific 2024', um evento crucial para o desenvolvimento do mercado asiático de cannabis medicinal e cânhamo. Com a presença de diversas empresas do setor, o empresário brasileiro Fernando Worner, atualmente radicado na Nova Zelândia, participou da conferência, compartilhando sua experiência e visão sobre a interação entre o mercado de cannabis na Nova Zelândia e no Brasil.

Fernando, de 44 anos, é o fundador de uma empresa de distribuição sediada na Nova Zelândia, a NAATIVV Bioscience. O empresário brasileiro iniciou sua jornada no setor de cannabis em 2020, motivado pelo diagnóstico de um tumor em sua mãe. Desde então, ele tem dedicado seus esforços para enfrentar os desafios logísticos e regulatórios, visando contribuir para o avanço do setor e atender às demandas do mercado nacional e internacional. 

Durante a conferência, ele ministrou uma palestra abordando os desafios enfrentados ao compreender e atuar em dois mercados distintos com legislações diferentes como Brasil e Nova Zelândia. Worner ressaltou a importância da colaboração e sinergias para superar obstáculos e impulsionar o mercado global da cannabis.

O evento contou com a participação de grandes líderes do setor, incluindo representantes de empresas asiáticas proeminentes, como a ''Bauertek Corporation'' e ''Cantrank'' da Tailândia. Além disso, a conferência proporcionou um ambiente propício para networking e troca de conhecimentos entre participantes de diversos países, como Tailândia, Japão, Filipinas, Portugal, Estados Unidos e outros da Europa.

Fernando Worner destacou a receptividade do público após sua apresentação, mencionando que houve um interesse significativo no mercado brasileiro de cannabis. Ele respondeu a perguntas e participou de mesas redondas, proporcionando esclarecimentos sobre a realidade do setor no Brasil, que desperta grande curiosidade internacional.

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Fernando Worner em plantação de cannabis na Nova Zelândia | Foto: arquivo pessoal

O empresário também enfatizou as diferenças nos processos regulatórios entre a Nova Zelândia e o Brasil, destacando as amplas oportunidades no mercado neozelandês, onde a cannabis medicinal é acessível a qualquer paciente, independentemente da patologia. Em contrapartida, no Brasil, o acesso à cannabis medicinal ainda é restrito em relação as vias de administração como, por exemplo, as flores em que o paciente ainda precisa de uma ordem judicial após a Anvisa  proibir a importação de flores de cannabis medicinal em agosto de 2023.

Fernando Worner anunciou planos de trazer uma equipe brasileira para explorar as oportunidades no mercado neozelandês, destacando o interesse crescente nessa região. Ele enxerga o Brasil como um mercado gigantesco em potencial, apesar dos desafios regulatórios e políticos que podem retardar os processos.