Veja lança espaço dedicado ao debate sobre cannabis legal

Publicada em 02/08/2019

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A revista VEJA divulgou seu primeiro espaço regular dedicado exclusivamente ao debate sobre o mercado internacional da cannabis legal, tanto para o uso medicinal ou recreativo. A voz da colaboração é do jornalista Ricardo Amorim, que trabalhou na virada do século, como subeditor de Internacional.

Desde então, ocorreram muitas mudanças em relação ao uso da planta ao redor do mundo. O Colorado/EUA liberou a planta em 2012, enquanto o Uruguai fez o mesmo, em 2014 e o Canadá, no ano passado. Atualmente são 11 estados americanos, além da capital Washington, que permitem o consumo recreativo de maconha por adultos, inclusive, outros 36 mantêm algum tipo de programa medicinal. O mesmo vale para várias nações europeias, africanas e asiáticas.

A justificativa para desenvolver um espaço dedicado ao assunto é pelo mercado da cannabis legal ser uma realidade que deve movimentar algo em torno de 17 bilhões de dólares globalmente em 2019, o que representa um crescimento de 38% sobre 2018, de acordo com as projeções da Arcview Market Research e da BDS Analytics (consultorias especializadas no segmento). Além disso, segundo as mesmas fontes, o mercado deve alcançar um valor superior aos 31 bilhões de dólares em 2022.

Enquanto no Brasil, a Anvisa já reconhece as propriedades medicinais de produtos feitos com os princípios ativos da erva e a importação é permitida para pacientes, porém, é preciso cumprir uma série de procedimentos burocráticos. No mês passado, a agência abriu uma consulta pública para embasar sua nova regulamentação sobre o setor. A New Frontier Data, consultoria dedicada exclusivamente ao setor da cannabis, o mercado potencial brasileiro é de 3,4 milhões de pacientes por ano, o que pode movimentar em torno de R$ 4,7 bilhões na economia.

O novo espaço promete ser democrático, informar e debater assuntos que abordem a temática do status da planta. Sendo assim, um meio para os que se preocupam em construir um mundo mais diverso e inclusivo, perante o acesso à saúde e da livre iniciativa.FacebookTwitterWhatsAppLinkedIn