Doença de Crohn pode ser tratada com maconha medicinal

Publicada em 22/05/2019

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O uso medicinal de cannabis está sendo seriamente discutido no segmento da gastroenterologia para tratamento de doenças inflamatórias intestinais, síndrome do intestino irritável e pancreatite crônica. Ensaios clínicos investigaram e compreenderam eficácia para dor, náusea, apetite/peso, diarreia. É aí que entra a doença de Crohn.

Atualmente, o uso de tetrahidrocanabinol (THC) para aliviar estes sintomas deve ser considerado caso a caso. A doença de Crohn afeta mais de 150 mil pessoas por ano no Brasil. Ela interfere na vida cotidiana de forma extrema causando dor intensa e muitas idas urgentes ao banheiro. A cannabis pode ajudar a combater a inflamação intestinal – característica da doença – e com isso, propiciar mais qualidade de vida para pacientes. Acredita-se que a doença de Crohn seja provocada por uma desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. E a maior parte dos pacientes não respondem aos tratamentos convencionais.

O Estudo completo nos links abaixo, em inglês e alemão:

https://europepmc.org/abstract/med/26809974

https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00482-015-0087-0

O bioquímico Raphael Mechoulam que é o pioneiro nos estudos medicinais da maconha liderou uma pesquisa com 30 pacientes com doença de Crohn (CD) e descreveu que a cannabis medicinal melhorou a atividade da doença e produziu redução no uso de outros medicamentos. Canabinoides naturais e sintéticos atuam através de receptores específicos intestinais CB1, relacionado aos grupos de terminações nervosas do sistema nervoso simpático do intestino, e CB2, relacionado a células inflamatórias, e regulam permeabilidade e secreção do aparelho.

O Sechat já entrevistou Dr. Raphael Mechoulam – também conhecido como “Pelé da maconha medicinal”. Leia aqui:

https://www.sechat.com.br/historias-news/conheca-o-pele-da-cannabis-medicinal