Apepi fará seminário sobre maconha medicinal em cartão postal do Rio

Publicada em 12/07/2019

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2º Seminário Internacional Cannabis Medicinal: Um olhar para o futuro

https://cannabisamanha.com.br

O Instituto Europeu de Design (IED), na Urca, Rio de Janeiro, será palco da segunda edição do Seminário Internacional Cannabis Medicinal. A organização e realização do evento são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das principais instituições de saúde pública do Brasil, e da associação APEPI - Apoio à Pesquisa e Pacientes de Cannabis Medicinal, organização formada por familiares e pacientes, que desde 2013, luta pela regulamentação da produção nacional - direito ao auto-cultivo, cultivo para pesquisas, cultivo via cooperativa-, apoio à pesquisa, divulgação dos benefícios do uso terapêutico da maconha e a quebra de preconceito, além do apoio aos pacientes e familiares. Serão dois dias de intensa programação visando discutir saúde pública, acesso, pesquisa e regulação.

Ao todo, três salas simultâneas com palestras, mesas e oficinas com abordagens sobre experiências clínicas, regulamentação, jurídico, cultivo e o papel da imprensa na agenda da Cannabis medicinal. Uma chance ímpar de discutir e reverberar esses temas em diferentes camadas da sociedade, além de provocar diálogo e a troca de experiências, com respaldo de profissionais e pesquisadores da área. Estarão presentes convidados nacionais e internacionais como o Pesquisador e professor Ismael Galve-Roperh, da University de Madri, onde lidera o grupo de pesquisa “Canabinóides e neurogênese”, que se destaca pelo pioneirismo em demonstrar a ação antitumoral dos canabinóides contra tumores cerebrais de glioma; o cirurgião chileno Sergio Sanches; a Bioquímica Ximena Paz, Co-fundadora da fundação científica "Ciencias para la Cannabis"; os brasileiros Sidarta Ribeiro, professor titular de Neurociências e vice-diretor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o médico Eduardo Faveret, do Intituto Estadual do Cerébro do RJ, a prof. e pesquisadora da Fiocruz Cecília Hedin. O evento terá uma sessão para a apresentação de trabalhos acadêmicos, aberta para qualquer área de conhecimento, com o tema “Cannabis medicinal”.

O edital completo está no site e serão aceitos trabalhos até dia 03 de junho. Após o seminário, nos dois dias do evento, haverá uma festa de encerramento no terraço do IED para os participantes com DJ, música ao vivo e comidinhas. A Cannabis medicinal veio para ficar, por isso é fundamental pensar como desenvolver essa questão para que tenhamos um acesso democrático, justo, com informações e pesquisas na área tanto para o desenvolvimento do Brasil quanto na melhoria da qualidade de vida de pacientes de diversas patologias.

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A QUESTÃO DA CANNABIS MEDICINAL A Cannabis (popularmente conhecida por maconha, marijuana, entre outras nomenclaturas) tem sido utilizada de forma medicinal há pelo menos 5 mil anos. Proibida na maior parte do mundo como “droga” desde o século XX, a planta passa hoje por um interessante processo de ressignificação político-moral. De um lado há o questionamento sobre as ações de Estado que imputaram uma “guerra às drogas”, que resulta em problemas sociais mais graves do que aqueles que se havia proposto combater, no qual a planta ocupa um lugar central. De outro, assistimos a retomada mundial do debate acerca dos benefícios medicinais da maconha; assim, precisamos olhar para o futuro. No Brasil, nos últimos cinco anos, este debate tem ganhado espaço nas grandes mídias e em mídias alternativas, universidades, institutos de pesquisa e movimentos sociais, muito em função da organização política de ativistas que, a partir dos usos medicinais, constatam benefícios terapêuticos não encontrados nos medicamentos disponíveis. Como resultado do engajamento de mães de filhos com doenças raras e de difícil controle, junto a médicos, advogados, cultivadores, pesquisadores, entre outros, diversas ações têm sido propostas e conquistas alcançadas. Uma alteração na regulamentação da ANVISA permite desde 2015 a importação de medicamentos feitos com a planta; estima-se haver cerca de 40 Habeas Corpus preventivos para que famílias cultivem Cannabis para fins medicinais em todo o país; mais de 10 associações de usuários terapêuticos se formaram pelo país; uma associação já é autorizada a produzir medicamentos feitos com extratos da planta; universidades e institutos de pesquisa criaram linhas que incluem investigações sobre o tema (UFRJ, UFPB, FIOCRUZ); apenas para listar alguns avanços.