Ele é o pai da Cannabis. Uma das figuras mais importantes da indústria da maconha legal no mundo. Americano excêntrico, foi destaque das mídias americanas pelo poder de empreendedorismo mesmo diante de um produto muito polêmico, a Cannabis–seja para o uso adulto ou medicinal.

Em 2010, ele foi capa do New York Times, por exemplo. Na época, o tema era a agência de publicidade direcionada à Cannabis, a CannBe– um dos vários negócios de DeAngelo. A empresa foi uma das formas de dar seriedade ao tema e levar informação de qualidade ao mundo.

Foi com ele que começou essa história de não chamar Cannabis de maconha. Segundo DeAngelo, "maconha é pejorativo. Cannabis é o nome da planta." Esta é uma premissa que todos os empresários da Cannabis fazem questão de reforçar nos dias de hoje.

Para se ter uma ideia de quanto ele é precursor deste negócio, em 2010, ele já possuía a Harborside Heath Center, em Oakland, nos EUA. Trata-se de um centro de saúde com dispensários com aulas de yoga, fisioterapia e outros serviços. Atualmente virou uma rede, presente em San Leandro, San Jose e Desert Hot Springs.

O grande pulo do gato de DeAngelo foi conseguir montar empresas que se completam, que formam um microcosmo da Cannabis completo. Além dos dispensários, do centro de saúde e da empresa de comunicação, ele tem uma companhia de investimentos, a Arcview, e um instituto voltado à área social. É o The Last Prisioner, a favor da discriminalização da maconha e da liberdade de todos os prisioneiros que foram detidos por isso.

DeAngelo veio apenas uma vez ao Brasil, há 20 anos. Esteve na Bahia. Hoje às 19h, ele bate um papo pela web com três brasileiros da indústria da Cannabis: o diretor de novos negócios da The Green Hub Marcelo De Vitta Grecco, o administrador e fundador do Sechat Daniel Jordão e a gerente de comunicação da Humanitas360 Paula Carvalho.