Farmacêutica britânica de cannabis vence prêmio internacional de inovação

A ganhadora GW Pharmaceuticals vende seus produtos globalmente, colocando o Reino Unido na posição de ser o país que mais exportou cannabis medicinal no mundo na última década

Publicada em 16/06/2021

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Curadoria e edição de Sechat Conteúdo, com informações de High Times (Marguerite Arnold)

A farmacêutica britânica de cannabis, GW Pharmaceuticals, leva para casa um prêmio que demonstra o quão importante a cannabis tem sido para a economia britânica por mais de 20 anos - mas também o quanto ela até agora foi reservada, como uma indústria e como uma droga, para a elite.

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A empresa, que é uma das mais antigas empresas de cannabis medicinal do mundo, só obteve a licença para operar no Reino Unido no início de 2000. Por muito tempo, foi a única entidade de cannabis legal viável no país. 

A criação da GW Pharma

Sobretudo, a GW surgiu de uma forma bastante única. Em vez de enfrentar outros concorrentes bem financiados em algum leilão estadual dos EUA enquanto enfrentava a DEA ou comprava um ou dois coletivos de pacientes no Canadá, o processo era um pouco mais simples. Os fundadores, formados em Cambridge, receberam uma licença do Home Office.

No entanto, durante a maior parte da sua existência, a empresa produziu produtos não para consumo interno, mas sim para exportação. Na verdade, a GW Pharma vendeu seus produtos globalmente, colocando o Reino Unido na posição de ser o país que mais exportou cannabis medicinal no mundo na última década.

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Mas, na verdade, isso não é novidade no tratamento britânico da cannabis. A British East India Company chegou a monopolizar o fluxo de chá e cannabis entre a China e a Índia. 

Os produtos médicos da empresa são baseados em plantas inteiras e funcionam para aliviar os sintomas de esclerose múltipla e epilepsia. Sativex, o medicamento mais conhecido da GW Pharma, funciona bem na dor crônica, bem como em outras condições para as quais são administrados remédios com THC mais elevados (como doença de Crohn e Transtorno do Estresse Pós-Traumático).

Não importa a natureza inovadora de seus produtos, no entanto, se não a admissão pela face diplomática do povo britânico que a cannabis como medicamento tem grande eficácia, a política por trás de tudo isso ainda cheira um pouco úmida. 

Os tempos estão mudando

Nos últimos anos, à medida que a reforma da cannabis medicinal começou a encontrar seu apoio no Reino Unido, outras empresas começaram a se estabelecer na discussão. Isso inclui o desenvolvimento da cannabis agora em andamento em pelo menos várias ilhas do Canal, bem como em vários cultivos no continente. No final do ano, haverá pelo menos um outro extrator totalmente certificado pela UE GMP no Reino Unido.

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Além disso, o monopólio que a GW Pharma tentou criar para si mesma internamente também foi quebrado pela pressão política. Tal pressão não veio da “indústria”, mas de pais desesperados tentando salvar seus filhos. As importações da Holanda e do Canadá, especialmente para pacientes com epilepsia infantil resistentes a medicamentos, não pararam.

Além da reforma médica, também está claro que Sadiq Khan, o prefeito de Londres, está em uma cruzada pela reforma da cannabis que pode chegar a algum lugar desta vez.

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A GW Pharmaceuticals pode ter acabado de levar para casa um prêmio de prestígio - e se estabelecido como um player global de cannabis. Mas a reforma está borbulhando agora ao redor e além deles, e muitas vezes, fundamentada longe do prestígio de Oxbridge. 

Afinal, se a reforma da cannabis, geralmente, na forma de uma licença, pode ser obtida tão facilmente, talvez haja algo a ser dito para democratizar o processo.

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