Em evento virtual, recém criada ACAMC debate criminalização e legalização da cannabis

Para Jeterson Loss, o proibicionismo em relação à cannabis, que também dificulta o acesso a tratamentos, precisa ser discutido

Publicada em 24/11/2020

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Charles Vilela

A recém criada Associação de Cannabis Medicinal Capixaba (ACAMC), a primeira associação de cannabis medicinal do Espírito Santo, segue com seu Ciclo de Debates nesta terça-feira (24), às 20h. O evento terá transmissão ao vivo pelo canal da entidade no YouTube. Desta vez, o tema será "Aspectos sociais e políticos da cannabis na atualidade brasileira: criminalização X legalização."

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Para um dos coordenadores da ACAMC, o professor e historiador Jeterson Loss, o proibicionismo em relação à cannabis, que é vivido há mais de e um século, tem motivações racistas, criminalizando e matando principalmente a população negra e periférica."É urgente que demonstremos, por meio de pessoas sérias, que pesquisam e estão discutindo o tema, esse aspecto (cultural)", disse.

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Para ele, esse proibicionismo afeta o acesso democrático à terapia medicinal por meio da cannabis. "Se não podemos cultivar, não podemos pesquisar, nem criar uma variedade de produtos adequados ao país e vamos ficando para trás, sempre dependentes do mercado externo", afirma. 

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Entre os participantes estão Monique Prado, cientista social e uma das responsáveis pela primeira Lei sobre a Cannabis, no Rio de Janeiro, aprovada em 2020; Pablo Ornelas, cientista social e professor universitário ; e Fabiola Leal, assistente social e professora universitária (UFES).