Dores de cabeça podem ser tratadas com cannabis medicinal

Um estudo relatou que a cannabis pode reduzir o nível de dor da enxaqueca e de outras dores de cabeça em até 50%.

Publicada em 23/11/2021

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Curadoria Sechat, com informações de O Maranhense

Cefaleia é o termo médico utilizado para designar os vários tipos de dores de cabeça, que atingem mais de 30 milhões de brasileiros. Um estudo mais recente, publicado em novembro de 2019 no Journal of Pain, relatou que a cannabis pode reduzir o nível de dor da enxaqueca e de outras dores de cabeça em 50%, uma alternativa com menos efeitos colaterais que os tratamentos tradicionais e que pode ser usada por período prolongado.

Dentre as diversas maneiras de combate às dores de cabeça, a cannabis medicinal tem demonstrado eficácia para auxiliar no tratamento. Segundo artigo do Centro de Pesquisa sobre Dor de Cabeça e Abuso de Drogas de Reggio Emilia (Itália), pacientes com idades entre 35 e 65 anos, que faziam uso excessivo de medicamentos e que sofriam de dor de cabeça crônica há pelo menos 3 anos, foram submetidos ao tratamento com nabilona, um canabinóide sintético. O ensaio preliminar, publicado em 2012, apresentou resultados primários de redução da frequência, duração e intensidade das dores de cabeça e da quantidade de consumo diário de analgésico. 

“Há mais de um século, em 1915, o renomado médico canadense Sir Willian Osler recomendava o uso da cannabis como o medicamento mais eficaz para enxaqueca. Atualmente, sabe-se que os receptores do sistema endocanabinóide, locais onde as substâncias ativas da cannabis atuam no nosso organismo, estão distribuídos por todo corpo. Em 2015 os pesquisadores Greco e Tassorelli concluíram que as cefaleias, principalmente a enxaqueca, tem relação com o sistema endocanabinóide. A deficiência deste sistema constitui uma das possíveis causas da enxaqueca, através da regularização desta alteração a cannabis pode representar uma boa opção terapêutica nas cefaleias, assim como em outras patologias”, explica a média Maria Teresa Jacob, especialista em dor crônica e tratamento com cannabis medicinal. 

Sobre a Dra. Maria Teresa Jacob

Formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí em 1982, com residência médica em Anestesiologia no Instituto Penido Burnier e Centro Médico de Campinas. Possui Título de Especialista em Anestesiologia, Título de Especialista em Acupuntura e Título de Especialista em Dor. Especialização em Dor, na Clinique de la Toussaint em Strassbourgo, França em 1992, Cannabis Medicinal e Saúde, na Universidade do Colorado, Cannabis Medicinal, em curso no Uruguai, com médica referência mundial na área. Membro da Sociedade Internacional para Estudo da Dor (IASP), da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), da Sociedade Internacional de Dor Musculoesquelética (IMS), da Sociedade Européia de Dor (EFIC), da Society of Cannabis Clinicians (SCC) e da International Association for Canabinoid Medicines (IACM). Atua no tratamento de Dor Crônica desde 1992 e há alguns anos em Medicina Canabinóide em diversas patologias em sua clínica privada localizada em Campinas.

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