Um advogado em Myrtle Beach quer escrever uma lei que descriminalize a maconha na cidade de Myrtle Beach, Carolina do Sul. 

Jonny McCoy é o homem que atuou como advogado de Julian Betton, um homem que foi baleado nove vezes pela polícia durante uma operação antidrogas em Myrtle Beach em 2015. Agora, McCoy quer que a cidade descriminalize a maconha para que algo assim não aconteça novamente.

“Na Carolina do Sul, se te pararem e você tiver 28 gramas de maconha, vai para a cadeia. Meu escritório está cheio de clientes que foram presos pelo simples porte de maconha”, disse McCoy.

A proposta de McCoy descriminalizaria a maconha apenas dentro dos limites da cidade. A posse simples não acarreta uma punição criminal séria, o advogado espera que isso diminua incidentes como o que deixou Betton ferido. Embora Betton tenha recebido US$ 11,25 milhões em um acordo com o estado, ele ainda está permanentemente incapacitado por conta dos tiros que levou. 

 “Para mim, é algo que vale a pena olhar. Não sei se é a resposta certa, mas é algo que vale a pena analisar”, disse Gregg Smith, da Câmara Municipal de Myrtle Beach, que viu a proposta.

Essa proposta substituiria a multa atual de US$ 200 e até 30 dias de prisão por uma primeira infração a US $ 100 em multas ou a opção de concluir 10 horas de serviço comunitário em vez de pagar. 

Atualmente, a Carolina do Sul possui algumas das mais rigorosas leis sobre Cannabis no país. O estado permite a Cannabis medicinal, mas com níveis extremamente baixos de CBD. Eles ainda precisam expandir seu programa médico para estar mais alinhados com a maioria dos outros estados do país ou introduzir um sistema legal e recreativo. 

Os ativistas consideram o movimento importante porque, como muitas outras vítimas de violência da polícia por acusações de drogas, Betton é negro. À luz do ativismo em torno do recente assassinato de George Floyd, essa seria uma legislação oportuna em termos de justiça racial e ativismo pela maconha.