Colírio à base de cannabis para tratamento glaucoma no Brasil?

A Fundação Ezequiel Dias (Funed) - instituto público de ciências biológicas e tecnologia localizada na cidade de Belo Horizonte - juntamente com farmacêutica perita em cannabis medicinal, Ease Labs, planejam desenvolver um colírio com os derivados da

Publicada em 23/04/2022

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Por João R. Negromonte

A Ease Labs, em parceria com o instituto de pesquisa (Funed), firmam acordo para o desenvolvimento do projeto que visa a formulação do novo medicamento oftalmológico. A farmacêutica, irá disponibilizar todo o insumo necessário para a pesquisa, além de conhecimento técnico e recurso analítico para a viabilização do produto. Já a fundação, será responsável pela formulação e avaliação pré-clínica de todo o processo.  

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Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira em todo mundo e, no Brasil, cerca de 2% da população sofre com a doença. No entanto, de acordo com estudos, a cannabis pode ser uma ótima aliada na redução da pressão intraocular e nas dores intensas, principais causas da patologia que tem tratamento, mas não tem cura. 

Para gustavo de Lima Palhares, CEO da Ease Labs, em apuração feita pelo portal Época Negócios: “Acumulamos um conhecimento técnico único nos últimos anos em relação à produção e ao desenvolvimento farmacêutico de medicamentos à base de cannabis medicinal e outras fontes naturais e, estamos muito satisfeitos em compartilhar esse conhecimento com uma instituição pública de renome como a Funed”.

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O objetivo do projeto, liderado pela diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Funed, Sílvia Fialho, que atua no desenvolvimento de medicamentos oftalmológicos a mais de 15 anos, é encontrar uma alternativa de tratamento mais viável financeiramente, com menos efeitos adversos e sem a necessidade do uso contínuo do produto, o que não ocorre hoje com os tratamentos convencionais para glaucoma, que afeta mais de 60 milhões de pessoas no mundo.

“Há uma busca por tratamentos com menos efeitos colaterais e que tenham maior adesão dos pacientes. Sabemos que já existem alguns trabalhos sendo desenvolvidos com derivados da cannabis para tratar o glaucoma e, por isso, temos boas expectativas no sucesso da parceria”, conclui Fialho. 

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Assim, os pacientes que sofrem com a doença no Brasil, poderão contar, quem sabe em um futuro próximo, dependendo dos resultados da elaboração deste novo medicamento à base de cannabis e das normas sanitárias estabelecidas pela Anvisa, com uma nova e promissora alternativa para o tratamento do glaucoma.